Pesquisa: Economia da Atenção

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Os novos diálogos na era da economia da atenção

“Há uma enorme diversidade de formas de diálogo na rede hoje: múltiplas oportunidades de utilização, centenas de canais na televisão, milhares de revistas nas bancas, milhões de blogs na Internet, e o consumo simultâneo das mídias. Esse caos do excesso de informação conduz a um cenário de incertezas em que permanece a questão: como chamar a atenção para uma mensagem se os modelos estão quebrados?

Conquistar a atenção das pessoas é tão importante que se tornou um modelo de economia e, consequentemente, muitas empresas precisaram mudar a forma como operavam seus departamentos de comunicação e marketing e repensar nas maneiras de dialogar, questionando-se sobre como criar um diálogo mais direto e definir os arquétipos de uma clientela tão plural em identidades.

(…)

O conteúdo corporativo não pode mais ser simplesmente replicado na Internet. Ele deve ter uma linguagem própria, estruturada de acordo com a audiência e que seja capaz de promover efetivamente o diálogo. Como no caso da Lego, que usou um discurso eficiente e adaptado ao seu auditório e ganhou notoriedade. O menino Luka Apps, de 7 anos, havia economizado para comprar um kit de bonecos, perdeu um deles num passeio ao shopping e foi orientado pelo pai a escrever para a fabricante de brinquedos. Considerando a fantasia correspondente a sua idade, a resposta que lhe foi enviada fugiu completamente dos padrões dos diálogos institucionais. Primeiramente, porque a pessoa que lhe escreve diz ter consultado um dos “líderes” da coleção de bonecos para saber se poderia enviar outro, uma vez que o gerente de atendimento ao cliente não poderia fazê-lo, já que a responsabilidade era do menino. E o “líder”, além de consentir, dá uma série de conselhos de conduta para Luka. Depois, porque o diálogo envolveu uma pessoa do outro lado de Luka, o “Richard”, representando um departamento, e não por um “Departamento”. Essa história já rodou o mundo, e a Lego conquistou respeito pela sua atitude. ”

Link: http://bit.ly/1A8TVS0

Como a Economia da Atenção pode te fazer rico

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“Eu posso pensar em 3 oportunidades no mundo de atenção escassa. Uma para empregadores perceberem que o que eles realmente querem de seus empregados não é tempo, mas atenção. Uma hora de trabalho altamente focado pode ser superior a um dia inteiro de distraído e sem foca de trabalho. No futuro, “gastar a atenção da companhia” (por enviar emails sem sentido ou outras bobagens) pode ser mais adequando que “gastar o tempo da companhia”.

A segunda oportunidade é para novas start-ups. Antes, nós tínhamos aparelhos para poupar tempo, hoje, pode haver mercado para produtos que poupem atenção. Alguns já existem. Gaste algumas horas agendando tuítes em seu aplicativo e você pode esquecer do Twitter Marketing pelo resto da semana. Ao se inscrever para negócios baseados em mensalidade, você nunca mais precisará se lembrar de comprar meias ou barbeadores de novo.

Esses dois produtos automatizam tarefas recorrentes: provavelmente há melhores poupadores de atenção. Aqui vai um: delegar a responsabilidade de solução de problemas de baixo nível para computadores. Talvez no futuro sua máquina de lavar terá um monitor que sabe qual componente irá acabar em breve e fará o pedido automaticamente antes que todo o sistema pare. Talvez seu site terá um framework para testes A/B que automaticamente cria e testa diferentes versões do site sem você ter trabalho algum.

Mas, o que você faz quando o monitor de sua lavadora quebrar? Esse é outro problema que precisa de seu foco. O que você realmente precisa é lidar automaticamente com qualquer pequeno problema que surja. Um assistente virtual no estilo do Tim Ferris é uma solução – uma pessoa na Índia que lida com todos os problemas de baixo nível que aparece na sua caixa de entrada para você, de modo que você não precise se preocupar com eles. Talvez uma versão futura do Siri (software inteligente presente nos produtos recentes da Apple) poderia fazer o mesmo trabalho. Se tais Inteligências artificias existissem, eu também esperaria vê-las nas grandes empresas, lidando com o dilúvio de dados: primeiro, apenas dando conselhos; mais tarde, com poder de decisão.

A terceira oportunidade é programa de gerenciamento de atenção, um análogo aos programas de gerenciamento de tempo. RescueTime pode rastrear quando você gasta muito tempo no facebook. Ele não pode rastrear quando você lê um email raivoso de seu chefe, te deixando incapaz de se concentrar no trabalho pelas próximas horas. Se eu conseguisse imaginar como um produto desse iria funcionar, eu o construiria.”

Link: http://bit.ly/1ywAsc2

Atenção versus Opinião

“Uma das mudanças na direção da atenção com relação aos serviços da geração anterior é a forma como os dados são captados.

Serviços como o Digg, que dependem de votos, e também serviços que dependem de engajamento ativo como comentários, retweets, links e outros dados captados ativamente, acabam tendo menos velocidade para identificar os pontos de atenção das pessoas – o que inviabiliza sua competição com os players que trabalham em real-time.

Os novos serviços (como o migre.me ou o bit.ly) captam passivamente dados de tempo real, que depois podem ser agregados e comparados com todo o conjunto, gerando um mapa de onde um conjunto de pessoas está olhando em um determinado momento. Um exemplo é o migre.me, que representa no Brasil uma imagem do está passando pelos olhos da Twittosfera (e da blogosfera em menor grau). A diferença é que estes serviços medem unicamente a atenção e não a opinião dos usuários. Mas será que a opinião é tão importante?”

Link: http://bit.ly/1zGfoSi

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